Hoje, compartilho a história de dois pacientes, que chegaram até mim no auge dos seus 29 e 34 anos de idade, ambos enfrentando um desafio comum: a luta contra o sobrepreso e a obesidade.
Este relato começa com o desejo comum de emagrecer. Apesar de já estarem sob acompanhamento nutricional e terem retomado a musculação com personal trainer, eles enfrentavam dificuldades para perder peso. Um dos pacientes, além do desafio do emagrecimento, lidava com a necessidade de um ansiolítico regular. Ambos relataram sintomas como fadiga e redução da libido, sintomas que frequentemente acompanham a inflamação causada pelo excesso de gordura corporal.
Após exames detalhados, incluindo bioimpedância, que revelaram altos percentuais de gordura corporal e IMC elevado, iniciamos um tratamento focado em suas necessidades específicas. A introdução do medicamento análogo de GLP-1, Liraglutida (SAXENDA), mostrou-se um passo crucial em sua jornada.
Os resultados não tardaram a aparecer, mas também foi necessário lidar com alguns efeitos adversos durante a caminhada. Em pouco mais de 60 dias, os níveis de gordura corporal reduziram em mais de 5%. Com ajustes na conduta terapêutica e a manutenção do foco nos objetivos, os pacientes apresentaram melhoras ainda mais expressivas após mais 60 dias.
Encarar essa jornada em casal provou ser um fator motivacional incrível. Compartilhar as dificuldades e as conquistas, entender as limitações e celebrar cada pequeno progresso juntos criou um ambiente de apoio mútuo inestimável. Além disso, as mudanças de hábitos se tornaram mais fáceis e prazerosas, transformando a rotina de ambos em uma nova forma de conexão e crescimento.
Hoje, após dois anos de acompanhamento, eles não apenas alcançaram percentuais de gordura corporal significativamente mais baixos, mas também experimentaram melhora da fadiga diurna, aumento da libido, hipertrofia muscular e redução de riscos cardiovasculares. Esta transformação vai além da estética: é uma conquista de saúde, qualidade de vida e bem-estar.
É de fundamental importância compreendermos a obesidade como uma doença crônica multifatorial. Seu tratamento exige uma abordagem integrativa, que considere todos os aspectos da patologia. Somente assim é possível alcançar resultados efetivos e duradouros, melhorando a qualidade de vida e reduzindo riscos à saúde.